Apego

APEGO – TEORIA, TIPOS E DIFERENÇAS

O QUE É O APEGO?

Segundo a Teoria do Apego (TA), desenvolvida por John Bowlby e contribuições de Mary Ainsworth, aprendemos a vivenciá-lo na infância. Isso acontece porque dependemos de nossos pais para alimentação, proteção e educação, dentre outras coisas. Sendo assim, essa dependência logo se reflete em nossas escolhas, relacionamentos e são influenciadas diretamente pelo meio em que vivemos.

Portanto, na fase adulta, por questões de afetividade, prazer, satisfação e segurança, continuamos próximos de familiares e amigos. Entretanto, essas mesmas questões citadas, podem se transformar em dependência ou co-dependência emocional, psicológica, física e financeira. Por esses e outros motivos, precisamos nos atentar

com a manutenção emocional de nossas vidas utilizando mecanismos de autocuidado.

Ainda segundo a (TA), existe o pressuposto de que o apego é biologicamente motivado e estruturado pela formação de modelos operantes internos. E o que são que são modelos operantes internos? São representações mentais da pessoa e da figura de apego, que nortearão as expectativas futuras do sujeito sobre si mesmo. Essa teoria se aplica tanto aos recém-nascidos, que, segundo Freud, ainda não receberam influência do ego, quanto para pessoas adultas. Veja abaixo:

BOWLBY CLASSIFICOU OS TIPOS DE APEGO EM QUATRO ESTILOS DIFERENTES:
  • Seguro: Acontece quando a pessoa tem propensão a se abrir em seus relacionamentos sem preocupações, travas, medo de abandono ou desprezo. Esse modelo, se reflete em pessoas com maturidade satisfatória para se relacionar intimamente e uma certa tendência ao autoconhecimento;
  • Evitativo: São aqueles que demonstram certa distância em relação ao vínculo de proximidade e também resistência em confiar em outras pessoas. Por isso, acreditam que não necessitam de relações sociais e se autodenominam independentes;
  • Ambivalente: Demonstram alto nível de entrega em seus relacionamentos afetivos, grande intimidade, dependência, fogem da autorresponsabilidade e são tidas como inseguras. No entanto, acreditam que não recebem na mesma proporção que se doam em seus relacionamentos e por isso são injustiçadas.
  • Desorientado: Apresentam comportamentos contraditórios em relação a autoestima e aos envolvimentos íntimos. Hora estão abertos e demonstram dependência afetiva, hora são desconfiados e menos receptivos emitindo opiniões negativas sobre si e parceiros.
OUTRAS FORMAS DE APEGO

Sabemos que o apego nem sempre é vinculado aos relacionamentos interpessoais, familiares, profissionais ou sociais. Existem aqueles que demonstram apego a coisas materiais e/ou imateriais, neste segundo caso, podemos citar os apegados ao passado. São aquelas que vivem relembrando situações, contando histórias, remoendo episódios, se esquecendo do presente e muito menos pensando no futuro.

No entanto, esse tipo de apego pode determinar a maneira de vida de quem acomete. Isso, fica bastante evidente em situações de autossabotagem e faz com que a pessoa não tenha um bom desenvolvimento pessoal. Desse modo, estagnado no passado, deixa-se de vislumbrar o primeiro passo em busca da autoconsciência. Ou seja, ter o foco no agora, presente instante e exato momento em que executamos as tarefas importantes do cotidiano.

Todavia, apesar de sabermos que objetos não conseguem preencher espaços vazios em nossa essência, grande parte da humanidade demonstra forte apego a coisas materiais. Seja por buscar alguma aceitação, alimentar prazeres ou simples medo de escassez, essas pessoas tendem a se tornarem verdadeiras acumuladoras.

Existem também aqueles que expressam seu apego por animais de estimação. Mesmo sabendo sobre o que orientam os veterinários, que nos instruem a não os tratar como pessoas, se apegam e vivem em função deles. Em alguns casos, esse zelo exagerado reflete solidão, carência e dificuldade de se relacionar com outras pessoas.

OBSERVAÇÕES FINAIS

Resumidamente, existe uma parte da humanidade que busca o desapego por meio do estilo de vida minimalista. Essas pessoas valorizam muito mais as coisas que o dinheiro não pode comprar, por isso, andam na contramão do consumismo.

Neste artigo, você aprendeu o conceito de apego, a teoria do apego, tipos de apego e outras formas de apego. Agora, através da auto-observação, reveja suas convicções sobre esse tema e trabalhe seus pontos fracos. Afinal de contas, nascemos sem nenhuma indumentária e quando morremos também não levamos nada conosco.

Contudo, se você quiser dividir mais alguma outra ideia, sugestão ou tiver qualquer dúvida sobre apego, deixe seu comentário abaixo.

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