Psicólogo online, presencial, gratuito? O que seria melhor, mais eficiente, mais cômodo ou até mesmo mais justo? Venhamos e convenhamos, tudo que podemos fazer com comodidade, conforto, segurança e aconchego é melhor, não acham? As vezes não conseguimos agregar todos esses “ingredientes” durante nossa labuta diária, por isso, precisamos colocar “a cara a tapa”. Isso significa, acordar mais cedo, enfrentar congestionamentos, exposição pela falta de segurança urbana, acidentes e uma série de outros fatores.

No entanto, a autorresponsabilidade faz parte dos desafios que devemos manifestar durante nossas vidas, e se EU ou VOCÊ não fizermos, alguém vai ter que fazer pra nós. Somos dependentes de outras pessoas desde a produção do alimento que ingerimos, até para construção das casas em que vivemos. Assim, se eu não planto o meu próprio alimento, acho justo pagar para que outra pessoa faça isso para mim. Afinal de contas, isso é uma questão de autoconsciência, sou dependente de outros e não posso viver sem me alimentar.

Dessa forma, apesar de toda a evolução da tecnologia industrial, até o presente momento (2020), alguém vai precisar fazer algum trabalho manual e remunerado (não gratuito) para que eu me alimente.

ATENÇÃO!

Eu não quero deixar implícito que não devemos fazer trabalhos voluntários, pelo contrário, sou adepta e acredito que devamos fazê-lo. Essa maravilhosa prática de voluntariado, nos alimenta emocionalmente e espiritualmente nos fortalecendo infinitamente para vida e ajuda a quem necessita. Além de ser uma ótima prática de autocuidado, temos a oportunidade de manifestar menos apego em relação as questões do nosso ego. Para tanto, independente se você é uma psicóloga, dentista, manicure ou vendedora da Avon, você também precisa sustentar-se financeiramente. Com isso, quero transmitir essa mensagem para valorização dos serviços que são prestados com amor e excelência. Se você puder pague, se não puder, procure um serviço gratuito, mas lembre-se! Valorize e procure fazer o mesmo quando você tiver condições. Essas são práticas que trago em minha bagagem de vida e tem me ajudado durante minha jornada de autoconhecimento.

ATENDIMENTO ONLINE E PRESENCIAL

Primeiramente, independente do meio em que os atendimentos são feitos, sejam eles, presenciais ou remotos, é necessário existir bom senso. Cada caso deve-se considerar suas particularidades, seguir as regras de sigilo profissional, respeitar a confidencialidade e intimidade das pessoas. Ainda assim, conforme o Código de Ética Profissional do Psicólogo, se faz necessário aplicar os princípios, conhecimentos e técnicas certificadas e fundamentadas na ciência psicológica. Para isso, o psicólogo deve garantir que as condições do ambiente de atendimento (presencial ou online) sejam apropriadas à natureza desse serviço, com qualidade e condições dignas para prestação do ofício.

Em relação ao atendimento tradicional (presencial), segue-se as regras normais de sigilo, confidencialidade, moral e ética que são de praxe. Nesse caso, o ambiente também deve ter isolamento acústico satisfatório e condições favoráveis para um acolhimento salubre e com privacidade.

Já no atendimento online, além das observações contidas no atendimento presencial, devemos nos ater as condições estabelecidas e atualizadas pela Resolução do Conselho Federal de Psicologia – CFP Nº 11/2018.

Entretanto, desde 2012 a Resolução CFP Nº 11/2012 regulamenta, em seu artigo nº 1, a prestação de serviços psicológicos realizados por meio de tecnologias da informação e da comunicação. Para isso, sem afetar as disposições do Código de Ética Profissional, o artigo nº 2, detalha a autorização desse serviço. Compreende a prestação de serviço de consultas e/ou atendimentos psicológicos de diferentes possibilidades para acontecer de maneira síncrona ou assíncrona.

Em suma, se trata de comunicação remota, de forma eletrônica, telefone de conferência, videoconferência, internet ou outros meios em que as pessoas não estejam fisicamente presentes no mesmo local, mas que possam se comunicar de maneira simultânea.

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ATENDIMENTO ONLINE (outras observações)

É importante destacar que o atendimento online é autorizado apenas para os psicólogos registrados no CRP e que possuam cadastro no sistema E-psi.

Se tratando de atendimento para crianças ou adolescentes, a resolução prevê consentimento expresso de ao menos um dos responsáveis legais. Ainda assim, é indispensável uma avaliação de viabilidade técnica, por parte do psicólogo, para realização desse tipo de serviço.

É considerado inadequado, pela resolução CFP Nº 11/2018, o atendimento de pessoas e grupos em situação de urgência e emergência. Dessa forma, para esse público, a prestação de serviço deve ser feita por psicólogo (a) ou equipes de maneira presencial.

A duração das sessões, assim como o tempo de tratamento, vai de acordo com a disponibilidade do paciente. Outra variante, é a frequência de atendimentos e gravidade de cada problema analisado de forma individual. Assim como nas sessões presenciais, cada atendimento pode variar entre 50 e 60 minutos, dependendo de cada situação.

Para os pacientes, uma das grandes vantagens dessa modalidade de atendimento são os preços mais atrativos. Todavia, para nós psicólogos, também tem suas vantagens como a comodidade de atender em home office, reduzindo assim, custos operacionais.

Em casos de pandemia ou qualquer situação que envolva risco, para ambas as partes, é mais prudente o atendimento online. Podemos citar também, casos de pacientes que se mudam de Estado e não querem perder o vínculo com seus psicólogos.

Outro aspecto importante, é o conhecimento tecnológico para utilização dos aparelhos e aplicativos que serão usados durante o atendimento online. É fundamental que ambas as partes (paciente/psicólogo), dominem as ferramentas para que o atendimento flua sem ruídos de comunicação.

ATENDIMENTO GRATUITO

Infelizmente não são todos que podem arcar com as despesas de um atendimento particular com possibilidade de escolher seu psicólogo. Outra saída, seria os convênios (planos de saúde) que também podem não ser tão acessível para algumas pessoas. Nesse caso, são oferecidas algumas opções pelo SUS – Sistema único de saúde, por meio dos CAPS – Centro de atenção psicossocial. Existem também empresas privadas e ONGs. Veja abaixo algumas dessas opções:

Caps – centro de atenção psicossocial

São unidades de tratamento de saúde mental e emocional para pessoas com transtornos graves, persistentes e crônicos. Legalmente, o Ministério da Saúde estabelece garantia de tratamento para pessoas com transtornos mentais ou qualquer outro problema psiquiátrico. Os CAPs, oferecem atendimento interdisciplinar com equipes multiprofissionais que envolvem: médicos, assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras, dentre outras especialidades.

Clínicas escolas

No Brasil, várias centros universitários, faculdades privadas e universidades públicas implementam as Clínicas Escola como alternativa de atendimento comunitário gratuito. Na verdade, o programa tem como objetivo, acompanhar, preparar e supervisionar os futuros profissionais em processo de conclusão de curso. Os estudantes de graduação em processo de estágio obrigatório, são supervisionados pelos professores durante o processo de terapia assistida gratuita. Com relação a segurança e qualidade do atendimento, são tomadas medidas de monitoramento, pelas próprias instituições.

CVV – centro de valorização da vida

É uma associação criada em São Paulo (1962), filantrópica, reconhecida como Serviço de Utilidade Pública Federal desde 1973. Essa instituição mantém, desde 2015, um termo de cooperação com o Ministério da Saúde que visa o combate ao suicídio. Além do atendimento individual e gratuito em todo Brasil, a instituição estimula o autoconhecimento e a convivência em grupo por meio de ações comunitárias. Esse serviço, conta com profissionais voluntários (que não necessariamente serão psicólogos), devidamente cadastrados, que fazem atendimento, via chat, e-mail ou ligações telefônicas para comunidade.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Precisa de ajuda? Independente do motivo, seja ansiedade, problema de relacionamento ou baixa autoestima, procure uma das alternativas citadas nesse artigo.

Infelizmente, muitas vezes por causa da autossabotagem ou simplesmente falta de conhecimento, as pessoas deixam para buscar ajuda muito tarde. A necessidade de um diagnóstico mais detalhado pode fazer grande diferença na hora de escolher o melhor tratamento.

Neste artigo, você aprendeu sobre o atendimento online, presencial e onde buscar ajuda gratuita, caso necessário. Agora, pense nas alternativas que foram apresentadas e veja qual se adequa melhor a sua realidade. Afinal, não é pela condição econômica em que nos encontramos, que se determina o apoio emocional e mental que precisamos.

Por outro lado, se você estuda e busca por autoconhecimento, eu preparei um material bem interessante que vai te orientar. Então, deixe de procrastinação e clique agora neste link  “Autoconhecimento – Primeiros Passos” para baixar  o seu e-book 100% gratuito.

Contudo, se você quiser dividir mais alguma ideia, sugestão ou tiver qualquer dúvida sobre esse tema, deixe seu comentário abaixo.

Ops!,  antes que eu me esqueça, me ajude a semear bons assuntos compartilhando esse artigo com seus estimados. Gratidão e até a próxima leitura!